(Reuters) – A Apple conseguiu os direitos de transmissão da Fórmula 1 nos Estados Unidos em um acordo de cinco anos que ajudará a gigante da tecnologia a reforçar seu serviço de streaming com um dos esportes que mais crescem no país, após o sucesso do filme ‘F1: O Filme’.
As duas partes não divulgaram os detalhes financeiros do acordo nesta sexta-feira. A CNBC informou que o valor era de US$140 milhões por ano, muito mais alto do que os US$90 milhões que a ESPN, de propriedade da Walt Disney, estava pagando por temporada pela F1, que tem transmitido desde 2018.
O acordo da Apple começa no próximo ano. A fabricante do iPhone transmitirá a F1 na Apple TV, seu serviço de streaming aclamado pela crítica, que ganhou 22 prêmios Emmy este ano, mas não tem a escala necessária para competir com líderes do setor, como a Netflix e a Disney+, apesar dos bilhões de dólares em investimentos.
A F1 se junta à crescente linha de esportes da Apple, que inclui a Major League Soccer e o ‘Friday Night Baseball’. Os esportes ao vivo se tornaram um campo de batalha fundamental no setor de streaming, pois as plataformas competem por direitos caros que atraem fãs fiéis, reduzem a rotatividade e aumentam a receita de anúncios.
‘Estamos entusiasmados em expandir nosso relacionamento com a Fórmula 1 e oferecer aos assinantes da Apple TV nos EUA acesso na primeira fila a um dos esportes mais emocionantes e de mais rápido crescimento do planeta’, disse Eddy Cue, vice-presidente sênior de Serviços da Apple.
Como parte do acordo, a Apple TV apresentará todos os treinos, qualificações, corridas Sprint e Grandes Prêmios. Algumas corridas e todas as sessões de treinos durante a temporada também estarão disponíveis para assistir gratuitamente no aplicativo Apple TV.
O acordo segue o sucesso de bilheteria do filme de F1 produzido pela Apple, que arrecadou mais de US$628 milhões em todo o mundo, de acordo com o Box Office Mojo da IMDb. O filme fará sua estreia global em streaming na Apple TV em 12 de dezembro.
A Fórmula 1 conquistou quase 90 milhões de novos fãs no ano passado, com a China apresentando o maior aumento percentual após o retorno do esporte a Xangai após a Covid-19, de acordo com dados da Nielsen Sports.
(Reportagem de Harshita Mary Varghese, em Bengaluru, e Alan Baldwin, em Londres; Reportagem adicional de Zaheer Kachwala, em Bengaluru)
