“Disseram que no máximo sexta-feira (27) eu estaria com esse documento em mãos para seguir com os próximos passados do transplante”, escreveu nas redes sociais. Ainda não há uma data definida para a realização do procedimento.
Laís havia obtido uma decisão favorável na Justiça para que o plano realizasse o procedimento, mas só obteve retorno da empresa 22 dias depois. Ela também promoveu uma campanha nas redes sociais para que as pessoas pressionassem o plano a autorizar o procedimento.
Laís foi diagnosticada com um Linfoma de Hodgkin em estágio 4, e o transplante de medula óssea pode salvar sua vida. De início, o plano de saúde recusou o procedimento e disse que ela tinha a doença antes de contratar o plano.
Paciente com câncer avançado luta contra plano de saúde para fazer cirurgia
Natural de Pernambuco, Laís tem 31 anos e vive em Fortaleza, no Ceará, desde setembro de 2021. No início de 2023, ela percebeu um caroço no pescoço e foi orientada por amigos a realizar exames médicos. Em abril, Laís foi diagnosticada com um Linfoma de Hodgkin em estágio 4.
Desde então, ela foi submetida a diversas sessões de quimioterapia e de imunoterapia, com objetivo de causar a remissão da doença. Nos últimos meses, a imunoterapia ajudou a estabilizar o quadro clínico, o que proporcionou condições para que ela fosse submetida a um transplante de medula óssea – que os médicos consideram a melhor alternativa para salvar sua vida.
No caso de Laís, o procedimento é um transplante autólogo, quando a própria medula do paciente é retirada, tratada e reimplantada. É esta cirurgia que ela tenta conseguir, na Justiça, que a operadora de saúde pague.
Desde março de 2024, Laís tem procurado autorização do plano de saúde para realizar, pelo plano, procedimentos relacionados ao tratamento oncológico. Em novembro, a Justiça concedeu a tutela de urgência para Laís e deu o prazo de 5 dias para a seguradora de saúde emitir a autorização para a cirurgia de transplante.
O prazo venceu no dia 3 de dezembro, e até aquela data a autorização não havia sido emitida.
Laís já passou por duas quimioterapias e agora luta para conseguir um transplante — Foto: Arquivo pessoal
Desde então, a pernambucana usou as redes sociais para denunciar o descumprimento da ordem judicial e tentar chamar atenção para o problema. “Estou extremamente angustiada. Eu luto para viver. Se tem uma pessoa que quer viver, sou eu. Eu dou minha cara à tapa”, disse ao g1.